Na primeira consulta psiquiátrica, eu vou conhecer um pouco da sua história, o motivo atual da busca por um tratamento e seu histórico de tratamentos médicos e psicológicos anteriores.

Ao final, definiremos se há indicação de um tratamento psiquiátrico e/ou psicoterapêutico e quais seriam as opções. Se você tiver exames recentes (últimos 6 meses) ou relatórios médicos anteriores, pode levá-los no dia da consulta.

A principal diferença é que o psiquiatra é um médico e o psicólogo não, ou seja, a psiquiatria é uma das especialidades da medicina, ao passo que a psicologia é uma outra graduação/profissão.

O principal método de tratamento do psiquiatra é a indicação de fármacos, sendo que o tratamento do psicólogo é a psicoterapia, ou seja, o tratamento é realizado através da fala; da comunicação (verbal e não verbal) dos conteúdos emocionais do indivíduo.

O transtorno de ansiedade é a elevação dos níveis da ansiedade comum que todos sentimos frente a uma situação. Criar expectativas e direcionar o pensamento mais para o futuro do que para o presente gera angústia, receios e medo do que esse possível cenário inexistente possa gerar.

A ansiedade é um sentimento natural para todas pessoas e serve como instrumento para que você se adapte ao mundo, reconhecendo um ambiente ou uma situação inadequada que você precisa evitar ou na qual precisa se proteger.

No entanto, muitas vezes essa ansiedade não tem coerência com o que você está vivendo, é exagerada e permanente, mesmo quando não há riscos ou problemas na sua vida. Nestas circunstâncias você pode se preocupar exageradamente, sentir medos exagerados, permanecer com dúvidas intensas mesmo em situações simples.

Isto pode resultar causar impacto em sua vida pessoal, nos relacionamentos, no trabalho e aé mesmo na sua saúde fí­sica. Além do mais, esta ansiedade pode se estruturar em um Transtorno Ansioso ou em uma Depressão. É quando você precisa de ajuda de um profissional da área, um Psiquiatra e/ou um Psicólogo.

Existem diversos sintomas relacionados à ansiedade, que vão desde sinais psicológicos até físicos. No caso dos psicológicos, a pessoa geralmente sente medo, inquietação, angústia, insônia, dificuldade de concentração e sensação de que está sempre no limite.

Já os sinais físicos mais comuns são falta de ar, boca seca, suor excessivo, hiperventilação, náusea, calafrios, ondas de calor, formigamento, dor no peito, tensão muscular, tremores, tonturas e sensação de desmaio.

Ansiedade e medo têm semelhanças, tanto na origem, quanto na manifestação. Porém, diferem em pontos importantes. Enquanto o medo é uma resposta focada, ligada a uma coisa ou circunstância específica, a ansiedade é tipicamente mais difusa, colocando em movimento a necessidade de vigilância constante na antecipação de uma calamidade desconhecida.

Entre os tipos de ansiedade temos: Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG); Estresse Pós-Traumático; Síndrome do Pânico; Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC); Fobias.

O transtorno não possui uma única causa, é uma soma de fatores: predisposição genética, fatores biológicos, ambientais, sociais e individuais.

A maioria dos individios não sabem informar quando começou a sentir ansiedade de forma patológica, muitas vezes por já estarem adaptados aos sintomas desde a infância. É mais frequente no sexo feminino, atingindo duas mulheres para cada homem com o transtorno.

Após uma avaliação clínica criteriosa e a exclusão de outras causas para os sintomas podemos conversar sobre o tratamento. O ideal é sempre procurar um médico para avaliar a indicação do melhor tratamento para você.

Como os sintomas são variados e individuais, e podem ser desencadeados por situações diversas a avaliação individual é indispensável.

O tratamento pode incluir o uso de medicações, psicoterapia, mudanças nos hábitos de vida, psicoeducação e exercícios de relaxamento entre outros.

A respiração é um dos mecanismos de controle durante uma crise de ansiedade, mas seus efeitos variam para cada pessoa. Os exercícios respiratórios se mostram eficazes e estão presentes na terapia cognitivo-comportamental e na meditação, ambas eficazes no tratamento da ansiedade.